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Causou-me espanto a leitura dos diários
da Cidade Azul, seção Segurança, desta quinta-feira. Em face disso, trago algumas
reflexões sobre pontos que não podem ser esquecidos no que se refere a onda de
violência que acomete Santa Catarina, em especial, a cidade de Tubarão.
Em primeiro lugar, a política de
encarceramento em instituições superlotadas e em precárias condições físicas,
transforma essas mesmas instituições em espaços de articulação e fortalecimento
de grupos criminosos. As conseqüências disso são atos
de violência e vingança como os que temos testemunhado.
Em segundo lugar, penso que os atentados
não são “obra” de oportunistas, como as polícias civil e militar querem fazer a
população tubaronense acreditar. Os inúmeros acontecimentos tendem a indicar
que está ocorrendo uma migração de indivíduos de estados com elevados índices
de criminalidade, tais como Rio de Janeiro e São Paulo, para Santa Catarina. Esses
indivíduos vêm para cá com o interesse de se esconderem e fazerem conexões com
criminosos locais. Vale destacar que Tubarão é uma cidade que facilita “esconderijos”
(becos e morros), bem como é uma rota de fuga próxima à BR-101.
E o qual a
atuação do Governo do Estado? Nega o auxílio da Força Nacional de Segurança. Ora,
entendo que o debate sobre segurança pública necessita ser despido de soluções
e interesses eleitoreiros, tendo em vista que as vidas de cidadãos inocentes estão envolvidas. Também entendo que a opção por ações militarizadas pode resultar
em um aumento exponencial das barbáries que vem acontecendo, no entanto, o
Governo do Estado precisa assegurar/preservar a vida da sua população.
Não tenho todas
as respostas, tampouco sou dona da verdade, mas penso que a repressão ao
tráfico de drogas e de armas tenderia a sufocar o crime organizado em nossa
cidade. Penso, também que, investimentos em investigação policial, bem como uma
política de prevenção contra as drogas nas escolas é necessária. Enfim, o Governo
do Estado necessita debater a segurança pública e outros temas afins. O Governo
do Estado precisa agir, e de forma urgente, pois o nosso bem maior, a vida,
está em jogo. E
sem vida Sr. Governador, não votamos!